domingo, 27 de janeiro de 2013

A mídia contra Getúlio Vargas

Postado por Unknown 27.1.13


Depois da Revolução de 30, Getúlio Vargas se tornou presidente do Brasil, fato que acarretou expressivas mudanças no país, principalmente, pelo fato dele possuir poderes executivos quase ilimitados. O governo do “pai dos pobres”, como era chamado, foi muito “conturbado”, pois enquanto ele agradava e ganhava apoio popular com a famosa política do populismo com a criação de direitos trabalhistas e de sindicatos, por outro lado a criação de novos ministérios e nomeação de interventores de Estado, desagradava profundamente muitos estados que perdiam sua autonomia. Daí surge a famosa antítese a seu apelido: “Pai dos pobres. Mãe dos ricos”.

Enquanto os jornais noticiavam apenas informações oficiais, sendo mais uma assessoria do Governo do que um intermediário da opinião pública, a Revista Careta, periódico semanal que circulou por mais de 50 anos na cidade do Rio de Janeiro, se apresentava como um meio de contestação política através do humor e da ousadia.


Zé:  “Não tem medo de cair, Excia?”
Getúlio: Absolutamente. Estou garantido pelas duas fortes “correntes”
Revista Careta, 02/1934


Na Charge acima é possível observar os artifícios que Getúlio usava para se conservar no poder. Quando ele fala: “Estou garantido pelas duas fortes ‘correntes’” ele se refere à sua ligação com as forças armadas e com as oligarquias.


Zé - Qual é o fim dessa tal Liga  de Segurança, Exa.?
Getúlio - Ora, muito simples: segurar e “prender”.
Revista Careta, 09/02/1935, pág. 19


Essa outra charge faz uma alusão à Lei de Segurança Nacional que tinha como objetivo o combate ao comunismo, ela serviu como instrumento legal para o fechamento da ANL.





Zé – V. Exª não receia ficar envolvido com tantas “correntes”?
Getúlio – Não há motivos. Eu também conheço o “truc” de desvencilhar dellas...
Revista Careta, 31/03/1934, pag.01

Já nesta última, é possível notar a eminente habilidade que Getúlio tinha de manipular as alianças que eram feitas com as mais diversas correntes políticas. Essa sua faceta garantiu com que ele conseguisse dar sustentação às suas decisões.

Enquanto o rádio servia de porta-voz para Getúlio fortalecer ainda mais o seu discurso populista juntamente com os jornais como: O País, Jornal do Brasil e A Folha que estavam a favor do Governo e só noticiavam em prol do presidente, percebe-se que essa revista foi uma das únicas formas de expressão dos revoltosos que eram contra essa forma de governar.



Por Lia Mota Veras





A década é 1930. Apenas mais um período da ascensão humana. Tem uma guerra ali, morrem umas pessoas, mas não morrerão elas todos os dias? Tem a evolução e disseminação de um ideal acolá, mas já não estavam quase todos inseridos num ideal? Os cidadãos estavam mesmo sujeitos ao que era dito pelos magnatas do sistema da comunicação, subjugada aos ditados e tabus construídos pelo poder majoritário do Estado?

Como pode alguém, de fato, estar sujeito ao que é comunicado pela imprensa?

operarios

“Por que haveria eu, operário, que tanto trabalho e me alimento tão pouco, tão mal, e que, por obra do Divino, sustento a esposa e os quatro filhos; por que, repito, haveria eu de ler um jornal? A primeira evidência do meu desinteresse é este meio não mostrar nenhuma representação do meu cotidiano, ser exorbitantemente vago no que está relacionado à minha cultura.

Em segundo plano, destaco a forma como esta comunicação de magnatas expressa sua linguagem, tão distante intelectualmente daquela à qual utilizo no verdadeiro diálogo interpessoal na comunidade. Chega a ser vulgar o vácuo existente nesses pontos divergentes, representantes de dois extremos. Indivíduos de pensamento limitado estes no comando das comunicações! Mesmo sendo intelectuais diplomados, não cogitaram como seria adequado estabelecer um formato que aproximassem as duas realidades?

Porventura, chega algum modernista, desses que imaginam ter o poder da inovação nas mãos e propõe materiais coloridos nas publicações e outro que sugere mudar a linguagem dos materiais publicados. Qual o nível do impacto que pode ser percebido no meu dia-a-dia?”

O rádio havia ganho o seu merecido destaque no imaginário do povo. Ter uma voz com a qual conversar após um dia de trabalho cansativo, as novelas que entretêm a família, os jingles que conquistaram o seu lugar na cultura popular, estes fatores estavam todos, agora, ameaçados pela reascensão do jornal.

A publicidade acompanha os tempos. Seu DNA contém uma estrutura mutante: utilizou da visibilidade dos jornais; com a popularização radiofônica, adaptou seu material ao meio; e com a possibilidade de utilizar material em cores nos jornais, é reconhecida a utilidade da estética, o apelo visual às representações significativas dos objetos a serem consumidos.

Responde-se, portanto, uma das perguntas iniciais: Por que ler um jornal na década de 1930?twitter

Consumir.

Era essencial que o jornalismo impresso soubesse lidar com o novo apelo que se estabeleceu em relação ao uso de grafismos, elementos que chamassem a atenção para a estética. Seja com ilustrações nas reportagens, fotografias ou em material publicitário, dá-se todo o mérito à estética na utilização de materiais coloridos na composição do jornal. Todos são elementos que captam a atenção do leitor por quebrarem o comodismo da composição em P&B.

Aquele que não consome a informação ou não se informa sobre as novas tecnologias, não acompanham o ritmo da globalização. Ter acesso às informações representa não apenas estar submisso à estrutura da notícia, com fatos narrados sob perspectiva limitante do Estado; representa, também, consumir os produtos da globalização.

1930 já é década de um intenso fluxo de informações, constantes e contínuas, além das tecnologias sendo desenvolvidas e aprimoradas. A comunidade já não é composta de uma sistemática local: é resultado de influências externas, de elementos culturais importados que se aplicam tão bem ao brasileiro receptor de caracteres estrangeiros.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013


DE SÃO PAULO



Folha alcançou a liderança entre os jornais brasileiros em dezembro de 2012, superando o diário popular "Super Notícia", de Minas Gerais, em número de exemplares diários em circulação.

O número de exemplares da Folha em circulação atingiu a média diária de 297.650, segundo dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação) divulgados ontem.

O patamar, que inclui as plataformas papel e digital, representa uma alta de 4% em dezembro do ano passado ante o mesmo mês de 2011, superando em 26% a circulação de "O Estado de S. Paulo", que recuou 11% no mesmo período.

No acumulado do ano, a circulação da Folha cresceu 0,3%, enquanto o "Estado" teve uma queda de 4,9%.

De acordo com os dados do IVC, que audita cerca de cem títulos no país, inclusive publicações não diárias, o mercado de jornais cresceu 1,8% no ano passado.

Com o crescimento, a média diária de circulação no país foi de 4,52 milhões de exemplares, um recorde histórico, segundo a entidade.

DIGITAL

Segundo Pedro Martins Silva, presidente do IVC, o aumento foi impulsionado pela expansão das edições digitais de jornais, de 128% em 2012 ante o ano anterior.

"As edições digitais cresceram fortemente e vão continuar avançando, à medida que aumenta o acesso a dispositivos móveis e à banda larga no país e diante do maior investimento dos jornais nesse canal", afirmou.

Em dezembro, a participação dos exemplares digitais chegou a 4% da circulação dos jornais brasileiros. No acumulado do ano, a fatia representou 3,2% do total.

Dos cem títulos auditados pelo IVC, 24 já possuem uma versão digital da publicação, seja adaptada para leitura em dispositivos móveis ou apenas no computador, diz Silva. Dentro desse universo, as edições digitais representam 11% da circulação.

Em 2011, 17 jornais auditados pelo IVC tinham uma edição digital.

A estimativa do IVC é que a participação das edições digitais chegue a 6% neste ano, se mantido o ritmo de crescimento do número de jornais que disponibilizam suas versões nesse formato, de 120% ao ano.

Segundo Silva, a expansão do setor em 2012, de 1,8%, superou o crescimento da economia, o que não ocorre em outros países. "No resto do mundo, os jornais têm reduzido sua circulação, o que não ocorre por aqui", afirma.

VENDA AVULSA

De acordo com o balanço do IVC, as assinaturas de jornais tiveram crescimento de 3,4%. Já o número de vendas avulsas ficou estável.

Isso ocorre, segundo Silva, porque os "downloads" de edições digitais não são contabilizados como venda avulsa, por uma questão técnica.

Os dados consolidados do instituto mostram ainda que os jornais populares (de até R$ 0,99) cresceram 1,3% em 2012. Já os que custam mais de R$ 2,00 tiveram aumento de circulação de 1,4%.

NA INGLATERRA

O "Financial Times", segundo documento interno obtido pela imprensa britânica, vai reduzir a sua equipe em 25 profissionais (dos atuais 600). Pelos planos, haverá um corte de 35 jornalistas e a contratação de dez, todos para a área digital, uma das prioridades do jornal.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Estratégias Jornalísticas

Postado por Unknown 23.1.13

O jornalismo é uma instituição que tem a função de atender ao interesso da população. O jornalismo deve está a serviço do público. O grande problema é que na história do jornalismo muitas foram às vezes em que este deixou de atender aos interesses da população para atender os interesses de empresas e de governos. Para amenizar essa problemática, surgiram estratégias, como a busca pela imparcialidade e pela objetividade.

No jornalismo brasileiro, o princípio da objetividade começou a ser aprimorado nos anos 20. Foi nesse período que houve uma espécie de importação do modelo jornalístico norte-americano. A partir dos anos 50, o jornalismo começa a omitir o seu ponto de vista com a finalidade de ser imparcial.

Segundo o autor Clóvis Filho, para reforçar o distanciamento do jornalista com o que ele escreve, surgiram várias práticas e técnicas para ajudá-lo nesse sentido em que a buscar da objetividade torna-se o fazer jornalístico. “As novas práticas eram também convenientes aos repórteres, a quem interessava o maior distanciamento possível do conteúdo de suas reportagens, eximindo-se, assim, de responsabilidades éticas e até jurídicas” destaca o mesmo autor em seu livro Ética na Comunicação.

Alguns defendem que não existe imparcialidade no jornalismo, outros defendem que não há objetividade. “A objetividade, jornalisticamente falando, é o esforço do jornalista para conseguir que seu conhecimento seja objetivo, ou seja, verdadeiro, adequado ao objeto que conhece” defende Clóvis Filho em seu livro.

A objetividade e a imparcialidade são dois temas bastante recorrentes nas discussões acadêmicas. Não há jornalista totalmente objetivo e imparcial, isso é fato. Mas há jornalista que busca essa imparcialidade e objetividade em suas matérias. Essas são estratégias que ajudam o jornalista a contar um fato amenizando as suas impressões e opiniões sobre o mesmo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Radiojornalismo e Populismo na Era Vargas

Postado por Unknown 20.1.13
A consolidação do rádio no Brasil deu-se por volta das décadas de 1930 e 1940, período pelo qual o país passava por uma grande transição política. O modelo econômico agroexportador começava a ceder espaço à industrialização e, dessa forma, a hegemonia oligárquica ia perdendo cada vez mais seu espaço no cenário político brasileiro, dando abertura ao surgimento do populismo, que buscava preencher o vazio causado pela quebra dessas hegemonias.

O populismo se caracterizava por ser uma política em que o governante buscava sempre o apoio das massas, utilizando-se de propaganda pessoal e, principalmente, de um comportamento carismático. Como tal populismo  era uma característica marcante do governo de Getúlio Vargas, não havia meio mais eficaz que o rádio para que o  Estado se aproximasse das massas, uma vez que o projeto nacionalista de Vargas só era possível com a comunicação entre ambos. 

O rádio tornou-se, então, fundamental para a disseminação desse discurso populista e para a criação de um sentimento nacionalista na população brasileira. Nessa mesma época, Getúlio criou a DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que, de certa forma, era uma espécie de "vigilância do pensamento dos brasileiro", por um lado, censurando aquilo que se opunha ao governo e por outro, fazendo propaganda positiva do mesmo.

Desse modo, é impossível negar o quão importante foi o rádio para a o populismo na Era Vargas, mas acima de tudo é notável que o rádio, como uma nova tecnologia da época, proporcionou uma mudança  tanto nas estruturas políticas quanto culturais. Apesar do seu declínio diante de novas tecnologias como a televisão e a internet, seu legado permanece até hoje: na forma como os governantes tentam se aproximar das massas através dos meios de comunicação.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Futebol no rádio: Evoluindo com o tempo

Postado por Unknown 14.1.13
Começa agora mais uma jornada esportiva do escrete de ouro do rádio...” Com a profusão dessas palavras o coração acelera, os olhos se movimentam em busca dos atores do espetáculo que durante noventa minutos prenderão a atenção do fanático torcedor que acabou de sintonizar, através dos chiados, alguma estação de rádio.  A partida se desenrola e as emoções se confundem com os “comentários avalizados do comentarista da palavra fácil” ou “daquele que sabe o que diz”. As sobras de unhas daquela mão que segura o radinho ou faz uma figa por um gol são consumidas em exaustão. No final da partida, aquele companheiro de noventa minutos merece um descanso pois em uma próxima, quando as "cortinas do espetáculo" forem abertas esteja pronto para mais uma jornada.




Ary Barroso. Além de compor os hinos das principais equipe cariocas,
também mostrava seus dotes  de narrador
O rádio faz parte de nossa cultura e a mais de 90 anos contribui para a difusão de uma cultura de massa nos quatro cantos do Brasil. Comemorava-se o centenário da independência em 1922, quando durante uma grande feira internacional que recebeu visitas de empresários americanos trouxe a tecnologia de radiodifusão para o conhecimento dos brasileiros. Seria instalada uma antena receptora no alto do Corcovado para transmissão de um discurso do presidente Epitácio Pessoa. Responsável por todo esse aparato estava o médico e antropólogo brasileiro Edgar Roquete-Pinto que, não hesitou em demonstrar qual o papel que essa nova mídia que surgia teria: "Eis uma máquina importante para educar nosso povo”. Ao longo do tempo nosso rádio se transformou em uma potente ferramenta de notícias e entretenimento, dada sua agilidade e poder de alcance.


Tuma hoje e antes.
Pioneiro nas transmissões de futebol via rádio


Assim sendo, o esporte bretão não podia ficar de fora de toda essa novidade. A primeira transmissão por rádio de um jogo de futebol em solo brasileiro se deu na data de 19 de julho de 1931 pela Rádio Educadora Paulista através da voz do locutor Nicolau Tuma, conhecido como “narrador metralhadora”, por seu jeito frenético de narração. Na cancha, o confronto entre as seleções de São Paulo e do Paraná no Campo da Floresta, na capital paulistana. Diferente de hoje, na década de 30, a narração se resumia a boletins para os ouvintes. Estudiosos relatam que Tuma foi o "pai da narração esportiva no Brasil, pois foi o pioneiro na idéia de irradiar um jogo na íntegra”. Um fato curioso, foi a descida de Tuma ao vestiário para anotar as características físicas de cada jogador,pois, ainda não se usavam números nas camisas. A partida terminou 6 a 4 para a equipe paulista.




Os avanços nos equipamentos ocasionaram uma melhora na qualidade nas narrações e transmissões que conquistavam adeptos cada vez mais, nos mais diversos cantos do pais. De um áudio precário e um estilo mestre de cerimônias do locutor, passamos por um dinamismo, eloquência e clareza de voz do mesmo. Destacam-se Tuma, Gagliano Neto e Ary Barroso no início do século passado até José Carlos Araújo, Luís Penido, Oscar Ulisses. Em nosso estado, Gomes Farias, Júlio Sales, Vavá Maravilha entre tantos outros nos dias atuais perpetuam essa tradição. Sua narração é latente, deixando ao ouvinte a sensação de imersão no campo. 



Gomes Farias, um dos narradores mais conhecidos do nordeste.
Famoso por suas frases de efeito como "chovendo nas coiváras",
"amarra as almas" e "é desencorajador!"
Passado quase um século, depois de ser morto diversas vezes, o rádio ainda reina nas arquibancadas dos estádios pelo Brasil. Por suas ondas, os detalhes são descritos pelo narrador em constante interação com comentaristas, repórteres e o próprio público, que, graças a difusão da internet interage de maneira constante através das redes sociais, além de poder ouvir a rádio em qualquer lugar com conexão a internet. Então, o nostálgico e o contemporâneo se misturam a cada chiado de estação. 


domingo, 13 de janeiro de 2013

O papel da charge no jornal impresso

Postado por Unknown 13.1.13


A charge não é meramente uma ilustração, ela constitui um gênero opinativo no Jornalismo, assim como o editorial, a coluna, o artigo, entre outros. Porém, a charge costuma despertar mais a atenção dos leitores do que esses outros principalmente devido a ilustração. De forma descontraída e bem humorada, o chargista expõe sua opinião em um breve desenho, ajudando a contextualizar o leitor, geralmente retratando um momento político atual, que possui notícias de destaque no jornal em que é veiculado.

A charge foi ganhando tanta importância nos últimos tempos, que um estudo realizado por Agostinho (1993, p. 314) constatou que o público, em reconhecimento, “a vê como matéria jornalística inserida nas páginas de jornais e revistas”.

O principal objetivo da charge é fazer uma crítica a algo que está acontecendo, de forma objetiva e simples. Porém, para entender a charge é preciso que o leitor esteja antenado aos acontecimentos. Sem a compreensão do leitor, a charge é meramente um desenho que está enfeitando a página do jornal, nada além disso.


Texto para a disciplina de História do Jornalismo Brasileiro
Aula do dia 07/01/13
Ass: Márcia Antônia Dias Catunda

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Entrevista com a jornalista Carla Soraya

Postado por Unknown 2.1.13


Era uma Quarta-Feira, vigésimo oitavo dia de Novembro. Em um daqueles dias que está um sol para cada morador que realizamos a entrevista com a jornalista e apresentadora Carla Soraya. Formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), atualmente comanda o programa vespertino Tarde Livre, na TV Diário. Carla nos recebeu, logo após a apresentação do programa ao vivo, em um camarim da emissora aonde pudemos iniciar os trabalhos.

Descobriu a paixão pelo jornalismo meio que sem querer, afirma. Desde pequena, apresenta um interesse por jornais, rádio e televisão que, somando-se ao gosto por história, aos acontecimentos que lhe influenciavam na comunidade e uma dose de curiosidade, ajudaram a trilhar o caminho da profissão. Mesmo com todos esses requisitos, já cursou outros cursos como: Administração, Computação e Nutrição, o último, sendo cursado atualmente.

o jornalismo que me escolheu,
meio que sem querer

Além de jornalista, Carla acumula a função de chefe do lar, ao tornar-se mãe. O nascimento foi um dos motivos da mudança de ares no trabalho, passando de repórter para apresentadora. Depois de comandar os telejornais Globo Esporte, Jornal do Meio-Dia e Jornal do 10, passou a entrevistadora e apresentadora em um programa de variedades vespertino. Felizmente, essa mudança foi tirada de letra e propiciou mais liberdade de horários e mais tempo com a criança.
Uma peça importante nessa trajetória é sua mãe que se, antes perguntava o que o Jornalismo fazia, hoje atua como observadora do trabalho da filha, dando os velhos “pitacos”. O Pai, já falecido, é outra parte desse caminho. Ele, torcedor ferrenho do Tubarão da Barra, Ferroviário, incentivou muito a filha quando essa trabalhou como repórter esportiva, logo no início da carreira.


Em uma análise do cenário jornalístico cearense o vê em franca expansão, tanto em número de profissionais quanto de anunciantes. Destaca que cada vez mais os jornalistas já chegam produzindo conteúdo, enquanto antes um caminho era percorrido até esse momento crucial de ir para as ruas. Entusiasta da internet, vê com o boom das redes sociais e da internet uma maior facilidade de arranjar contatos e pautas, que para serem conseguidas antigamente o velho caderninho de contatos deveria estar a tiro colo para toda ocasião.


Já finalizando a entrevista, Carla Soraya se mostrou defensora do diploma, vendo como essencial uma contribuição acadêmica no desempenho profissional do jornalista. O contato com teóricos da área contribui para uma maior articulação do profissional e, por consequência, valoriza o próprio país, dando o devido valor ao ensino universitário, “a queda de um diploma é acabar com a educação do país (...) Você tem que deixar de pensar pequeno. O Brasil pensa pequeno demais”, finaliza.


Por Lucas Bernardo e Lia Mota

Entrevista e perfil

Postado por Naia 2.1.13
Olá, meninos,

Depois desse recesso, vamos retomar nossas atividades e como primeira ação, deixo aqui um link da revista Siará.

http://virtual.diariodonordeste.com.br/home.aspx?edicao=20121230&caderno=H&pagina=1

Peço a todos que leiam as matérias das seções "Cearense em todo lugar" e "Perfil" para a próxima aula, dia 7 de janeiro. Até lá!!

Naiana Rodrigues