terça-feira, 5 de agosto de 2014

Avaliação - ATUALIZADA

Postado por Naia 5.8.14
Bom dia, meninas e meninos,

Por enquanto, os comentários do blog não estão funcionando, portanto, vou fazer as observações a respeito dos textos aqui. Gradativamente, eu e a Gabi vamos atualizando essa postagem. Fiquem ligadas!

1 - Aline, gostei muito da sua abordagem. A matéria ficou simples, de fácil compreensão e  vc conseguiu captr o essencial. Parabéns! As fotos ficaram muito boas tb e foram bem usadas ao longo do texto. Evite apenas começar a frase com expressões no gerúndio, ok?

2 - Renata, seu texto ficou maior, mas está bem fácil de ler também. Gostei muito do seu cuidado em citar as fontes de onde tirou as imagens, isso é um princípio muito importante no jornalismo. Atenção apenas com a falta de algumas palavras nas frases, como preposições e conectivos. Sei que a pressa pode ter levado a isso, mas uma leitura de revisão te mostrará onde faltam algumas letrinhas. No mais, parabéns!

3 - Carol, gostei muito do início do seu texto. A foto em P&B tb ficou um charme. Mas cuidado com algumas construções. Essa frase "O artista começou sua jornada pela moda serigrafando camisetas, mas foram primeiramente os sapatos que lhe apaixonaram. Já as bolsas foi uma descoberta casual, Panassol", por exemplo, está meio truncada, poderia ser reescrita de forma a ficar mais clara e direta. Há outras frases que tb merecem uma releitura e acertos, veja lá. No entanto, no conjunto, o material ficou muito satisfatório. Parabéns!

4 - Gabriela, caprichou no lide. Sem floreios, mas com todas as informações nos devidos lugares. O restante do texto segue a mesma proposta. Claro, conciso e bem referenciado com as falas da fonte. Parabéns pelo resultado!

5 - Zé, já pensou em estudar Jornalismo? Seu texto é fluido, muito prazeroso de ler, traz outras referências que não estavam na fala da fonte e consegue caracterizar bem o personagem e seu trabalho, sem falar no primor ortográfico e gramatical. Parabéns!!

GABI - COMENTÁRIOS GERAIS

Pessoal, li todos os textos e estou bem feliz com o resultado final. Vocês pegaram bem a proposta do curso e do trabalho, aproveitaram a entrevista com o Diego, produziram as fotos, se concentraram em textos bem completos e informativos. O resultado geral é super satisfatório e vocês merecem mais do que parabéns. Alguns comentários:

- Senti falta, em geral, de hiperlinks. Apenas um ou outro trouxe links nos textos e, quando se fala em blogs, o hiperlink é essencial. Além de fazer parte do formato e ser uma ferramenta para complementar a informação, falando em SEO, o hiperlink ajuda a rankear no Google.

- Muita atenção a vícios de linguagem. Cuidado, principalmente, com o uso do "lhe". Ele segue algumas regrinhas chatas que é importante estar atento. Segue link para ajudar: http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/pronomes-o-e-lhe-empregam-se-em-situacoes-diversas.jhtm

- Ainda falando no formato do blog, alguns título estão maravilhosos, que funcionariam perfeitamente para uma publicação impressa. Mas, em blog, o título tem que ser "direto ao ponto". Ele deve ser a resposta para a pergunta que você faria no Google. Como você pesquisaria sobre sapatos exclusivos? Ou sapatos em couro? Ou design cearense? Procure o foco do seu texto, faça essa pergunta e crie um título que seja a resposta!

- Cuidado também com algumas informações que fazem parte de uma percepção pessoal. Por exemplo, informar que o sapato de R$179 tem um preço acessível é a partir de uma referência extremamente pessoal. Acessível para quem? Nós podemos considerar um valor super barato para uma peça exclusiva e uma maneira de dizer que ele é acessível é fazendo uma comparação com outras produções, por exemplo. Jornalisticamente, não podemos afirmar que ele é acessível sem fazer, pelo menos, uma comparação de mercado.

É isso, pessoal. Vocês são massa e estou louca para encontrá-los nas coberturas de moda por aí! ;)

segunda-feira, 4 de agosto de 2014


É apresentando uma releitura mais delicada da utilização do couro que Diego Panassol faz a criação de suas peças. Entrevistado no Curso de Jornalismo de Moda na Web, o artista nos transmitiu a essência do seu trabalho autodidata de quase três anos e sua aposta na exclusividade de cada peça através de uma experiência única com cada cliente.


Diego se formou em Marketing e estagia no espaço cultural da UNIFOR, foi unindo estas duas áreas de conhecimento que retirou referências para o processo criativo de seu trabalho. Tudo começou após o convite de uma amiga para iniciar a produção de sapatos de couro, se capacitou através de tutoriais no YouTube, aprendendo desde criar os moldes até fazer suas próprias ferramentas. Hoje, após o fim da parceria, Diego continua o seu trabalho sem nenhuma equipe:
" Primeiro que não confio em outras pessoas para fazer isso, porque dou o meu sangue para isso [...]. (Além da falta de) pessoas capacitadas, tenho alguns amigos da moda, mas eu não sinto que exista um preparo, uma vocação, eles fazem moda, mas eu não fiz moda e aprendi a fazer isso com a força de vontade. E eu gosto desse prazer manual, de [...] construir um mundo em cima de uma fôrma, de um sapato. "
Dois fatores são peculiares em seu trabalho, o primeiro é a releitura do couro como material e a unicidade de suas peças. A escolha do couro para trabalhar vem de um gosto pessoal, além da resistência do material, da facilidade do corte e da colagem. Diego afirma que procura contrariar a caracterização do couro como algo pesado e rústico já tradicionalmente implantado em certas peças: "parece que se está em uma romaria", assim investe no conceito de "regionalismo contemporâneo".

                     Par criado para Naiana Rodrigues                                                                        Par criado para Gabriela Dourado

Já quando indagado quanto a sua unicidade, o artista responde com uma pergunta: "Vocês se sentem bem se sentindo parte de uma produção em série?". A principal especificidade de seu trabalho é a de não haver nenhuma outra peça igual àquela que ele criou, "independente de outra pessoa ver aquele trabalho e queira copiar, não vai ser o mesmo". Diego defende a essência de cada peça sua, esta trabalhada através de uma experiência com o cliente em que se observa suas referências e sua personalidade construindo uma história daquele sapato ou bolsa. Seu marketing é feito em cima de si mesmo, ao usar alguma peça sua muitas pessoas o pedem para fazer algo para elas também, isto porque não concorda com a massificação de seu trabalho que poderia acarretar na perda de sua identidade. Assim, pode-se perceber a paixão de Diego pela suas peças, algo louvável quando se trata de um mundo em que tudo é produzido em série preocupando-se apenas com o lucro e esquecendo a identidade de cada produto.

Contatos:
(85) 98127143 


Fotos: Aline Medeiros
A faculdade Fa7 de Fortaleza na última quinta-feira dia 31\07\2014, proporcionou uma Coletiva de impressa com o design Diego Panassol. Um bate-papo de perguntas e respostas sobre o seu projeto autoral.
         
 Entrevista. Foto: Renata Rolim

 Conhecido como Panassol, ele definitivamente é um profissional livre de rótulos, tem apenas 23 anos, é desing de suas obras, style, estudante de marketing, estagiário de  arte da universidade Unifor  e dono de um talento singular: produzir bolsas e calçados de couro manualmente. 
         
Foto: Lucas de Menezes. Fonte:http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/


Tudo começou  da paixão pela arte segundo Panassol, gostava de serigrafia e isso serviu de inspiração para o início do projeto. A escolha por marketing e não à moda se teve pela carência regional de cursos na área de calçados, o marketing por sua vez, ajudou de forma econômica no negócio. Diego pensa em Moda como algo revolucionário, livre e sem limitações. Não define gêneros feminino ou masculino em suas peças, gosta de criar de forma liberal mas sempre carregando sua identidade expressiva.
         
Sapato que Diego fez para uma amiga. Foto: Diego Panassol. Fonte: facebook

 A produção de couro teve início através de uma parceira com uma amiga na produção de sapatilhas que acabou não dando certo, mas para Diego, seu trabalho estava apenas começando.
       
Foto: Diego Panassol. Fonte: Diário do Nordeste

Vídeos do canal Youtube, ajudaram a ensina-lo os processos do couro, uma das marcas de referência foi a Prada, pediu dicas também de artesões cearenses que faziam calçados em couro. Diego aprendeu passo a passo sozinho, sem ajuda de professores mas com muita boa vontade. Já produz há cerca 3 anos, lida diretamente com a cliente de forma exclusiva. A proposta do design, é elaborar uma peça única, sem seguir modelagens e estilos iguais, pois pretende não massificar suas peças e a grande prova disso é ter produzido cerca de 100 pares de sapatos sem ter repetido nenhuma modelagem. Vale ressaltar que faz tudo sozinho, o tempo de um sapato finalizado dura cerca de dois dias.
         
Foto: Diego Panassol. Fonte: Facebook
                                 
Foto: Diego Panassol Foto: facebook

Foto: Renata Rolim


 Perguntamos curiosamente se ele não pretendia em algum momento trabalhar em equipe para agilizar sua produção e se o fato de trabalhar sozinho remetia a falta de confiança em profissionais do ramo. Ele conta  que quer trabalhar de forma natural, que até agora tem amor em fazer tudo sozinho e que realmente não confia em entregar sua criação nas mãos de outros "construímos algo com toda atenção e para destruir é muito rápido" diz Diego. Quando se fala na parte econômica, ele diz que o lucro das vendas não é o objetivo principal do seu projeto, que busca sensibilidade e bem-estar para seus clientes.
 
         
Foto publicada no blog desenroladas. Fonte:Blog desenroladas
" Não vendo couro, vendo valores"  afirma Diego, é essa originalidade que ganha uma verdadeira função social de fazer o cliente se sentir especial. Repele a ideia de vender em multimarcas e quer ter o contato com a cliente a partir de seus respectivos desejos. Sua inspiração começa no ritual de produção em seu ateliê, gosta ouvir música e dançar, curte bossa nova e o que mais gosta dos processos de criação é o corte, "quando falta inspiração, saio cortando tudo, isso me acalma". 

Para entrar em contato, Panassol tem uma página no facebook Diego Panassol e no Instagram, vale a pena conhecer esse trabalho fantástico cheio de identidade.
                                                                                     Renata Rolim
     
                                         
           

 
Fontes de pesquisa e de imagens:
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
http://desenroladas.com.br/moda/couro-autoral
https://www.facebook.com/Diegodigs/photos

Quem nunca se deparou com alguém que usava uma roupa ou um acessório igual ao seu?! Indo contra a maré da moda massificada, o jovem artista Diego Panassol sugere uma nova experiência em compra e produção de sapatos e bolsas, há 3 anos, em Fortaleza. As criações de Panassol são o resultado da interação entre a sua essência criativa e as referências dos clientes.  Suas peças são todas exclusivas e únicas.

"É um problema danado porque todas as peças que eu faço dá vontade de ficar".
O artista começou sua jornada pela moda serigrafando camisetas, mas foram primeiramente os sapatos que lhe apaixonaram. Já as bolsas foi uma descoberta casual, Panassol começou produzindo-as para uso próprio, mas por conta dos pedidos passou a incluí-las em sua vitrine.

Todo o seu aprendizado foi autodidata, utilizando-se da Internet, principalmente do site de vídeos YouTube, e de conversas com os artesãos locais. Panassol também fabricou as próprias ferramentas, usando o que tinha em casa.

As peças do designer são feitas exclusivamente de couro, o que segundo ele, sempre gostou desse material. Porém, Panassol procura dar uma cara nova e contemporânea à rusticidade e ao regionalismo do artefato, se utilizando de cortes ousados, geometria, texturas e cores.

O processo criativo de Panassol  envolve uma espécie de ritual intimista, no qual o artista ao som de Elis Regina ou bossa nova, e mais recentemente do Rock Alternativo dança em seu ateliê para se inspirar. 
“Boto uma música no fundo e se nada sair na forma, boto tudo para o lado e eu começo a dançar, pra ver se libera. É realmente esperar alguma coisa que vem”, explica. 

As peças são produzidas em no mínimo dois dias e possuem um preço acessível, a partir de 179 reais.

Contatos de Diego Panassol:

(85) 98127143

Fotos: Aline Medeiros, Instagram Diego Panassol

Entrevista com Diego Panassol

Postado por Gabriela 4.8.14
Em entrevista coletiva concedida à turma do curso de extensão Jornalismo de Moda na Web, realizado na Faculdade 7 de Setembro, no dia 31 de julho, Diego Panassol, cearense de 23 anos, revelou alguns detalhes sobre o seu trabalho com couro. Estudante de Marketing e estagiário em um museu de arte, ele extrapolou o conhecimento fornecido pela Universidade e, há três anos, de forma autodidata, começou a criar modelos exclusivos de sapatos.

Diego Panassol, durante entrevista.

Diego começou a criar os sapatos em parceria com uma amiga e depois continuou no empreendimento sozinho, como está até hoje. Desenvolvendo modelagens únicas para cada peça e optando por uma venda personalizada, ele tem a preocupação de que o seu cliente participe do processo criativo para que o produto final expresse sua identidade, diferente do que acontece em meio à era
fast fashion. “Você tem o prazer de desfilar nas ruas e causar muita inveja porque é um sapato único”, brinca.

Peça exclusiva confeccionada por Diego.
Durante a entrevista, Diego ainda falou sobre o seu processo de criação. Ele explicou que é um “mergulho criativo”, começando por uma busca pelas especificidades de cada cliente – pensando modelagens, cores e texturas diferenciadas – e continuando em seu ateliê, com bossa nova ou rock alternativo como trilha sonora.

Sempre buscando fugir do caráter rústico que normalmente os produtos feitos com couro têm, hoje, além dos sapatos, ele também produz bolsas, tendo feito a primeira para uso pessoal. Diego explicou que muitas vezes suas vendas acontecem dessa forma: ele faz um exemplar para que ele mesmo possa testar, utiliza suas criações no dia a dia, as pessoas vêem e procuram saber como podem adquirir. O curso de graduação em Marketing, por sua vez, lhe dá as noções de gestão de marca necessárias para poder levar o projeto adiante.

Diego compareceu à entrevista utilizando duas de suas criações.
Interrogado sobre o seu processo de capacitação, Diego conta que aprendeu tudo só, através de pesquisas na internet, e que teve dificuldade para encontrar as ferramentas necessárias em Fortaleza, sem saber o nome delas. Por isso, viu que seria necessário usar sua criatividade e sua sensibilidade para desenvolver seus próprios instrumentos. Tendo isso como referência, ele critica o fato de hoje a maioria das pessoas não se interessar por aprender novas técnicas, apesar dos recursos disponíveis. “A gente acaba que não aprende nada porque a gente não quer”, comenta.

Texto e Fotos: Gabriela Custódio


Em meio a uma geração ligada à tecnologia Diego Panassol faz seu nome crescer através do trabalho manual com o couro, transformando o comércio de bolsas e calçados em uma verdadeira experiência de compra. Estudante de marketing da Universidade de Fortaleza, o jovem de 23 anos trabalhava com camisas de serigrafia e sua entrada no ramo foi através do convite de uma amiga que queria unir talentos para uma pequena parceria.
 
Fascinado por texturas e cores, a relação de Diego com os calçados foi tão forte que hoje, três anos depois, já fabricou mais de 100 pares. O número não é grande se comparado à produção das fábricas modernas, mas aí é que está o grande diferencial, ele faz tudo sozinho e com as próprias mãos.


O jovem que aprendeu e adquiriu seus talentos através de vídeos do Youtube e pacientes tentativas tem desejo de expandir os negócios, porém a maior dificuldade é encontrar mão de obra especializada. O que não o abala muito, pois assim pode aproveitar ao máximo seu processo de criação.

Como em uma dança, os passos da criação de uma nova peça vão surgindo de acordo com a música. Fã de Bossa Nova e nomes como Elis Regina e Céu, o designer gosta de criar laços com seus clientes e captar ao máximo a essência de cada um, característica que reflete bastante em seu trabalho.


Preocupado com a perda de identidade da nova geração, ele ultrapassa rótulos e barreiras para criar peças únicas e nunca deixar que uma pessoa saia de seu ateliê com a mesma peça de outra. Com preferência em tons escuros, enxerga os calçados como formas geométricas e através dos traços, linhas e volumes cria algo novo.

Hoje divide a vida de artesão com o trabalho na galeria de arte da Unifor, que também é uma de suas paixões. A arte dá um ar contemporâneo em suas peças feitas de materiais regionais.

Onde Encontrar?