segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Jornalismo e a modernidade

Postado por Mariângela Chagas 24.12.12

Com a transição do regime monárquico para a república, o espírito de nação, ou seja, da construção coletiva tomou conta dos jornais que surgiram no período. Um dos grandes nomes da época era o Jornal do Brasil, fundado em 1891, cujos preceitos atendiam aos sentimentos republicanos, em que o jornal era o porta-voz da sociedade.

O jornalismo atual funda-se no conceito da individualidade, sem aquela preocupação de outrora com a construção de um sentimento de nação e sim se preocupando com o público - agora visto como consumidor – através da personalização do discurso. Sabendo de suas preferências, passou-se a definir o conteúdo da publicação (as pesquisas de marketing nunca foram tão importantes). Ligado a este fato estão as modernizações técnicas ocorridas no âmbito da imprensa.

Foi assim desde o surgimento das técnicas de imprensa – difundidas na Europa por Johannes Gutenberg em 1450 -, possibilitando a mercantilização da informação (no caso, o surgimento da imprensa viabilizou a difusão da informação, porque as casas de impressão eram relativamente livres do poder político e da Igreja vigentes na época).

No caso atual, a notícia tornou-se mais curta e disputa espaço com a imagem. Os layouts das páginas são feitos e refeitos ao longo dos anos para chamar atenção, agradar o leitor. Com o advento da informação, muitos meios de comunicação tiveram que se adaptar e viabilizar seu conteúdo para as novas plataformas.

Além das transformações técnicas, houve os processos de especializações, surgidos no começo do século XX. Enquanto nos primeiros jornais uma só pessoa era responsável por realizar várias funções – hoje, temos várias ramificações das funções no ambiente da redação. A profissionalização proveio das largas demandas e do surgimento dos meios de comunicações modernos.

O jornalismo, outrora, um trabalho meio boêmio, agora é um meio que produz capital. O jornalista, hoje, está atento ao público consumidor e as suas preferências, deixa de ser um “romântico” para ser um empregado da informação.

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