A modernização do jornalismo
aconteceu entre o final do século XIX e início do século XX. O avanço do
sistema capitalista e suas consequências colaboraram à expansão da profissão,
principalmente devido o processo de urbanização, que intensificou o crescimento
das cidades.
No século XX o
jornalismo se expandiu, transformando-se em um negócio lucrativo. Esse princípio
mercadológico fez com que as notícias virassem produtos, mudando o formato de
opinativas para informativas. Desde então, o jornalismo de massa está de acordo
com os interesses do capitalismo.
Sem deixar de lado o discurso
político, o jornalismo passou a incorporar outros assuntos e também a explorar
novos gêneros textuais, como notas, reportagens, entrevistas e crônicas. A
partir daí, surgiram as editorias especializadas em temas e abordagens
específicas como notícias policiais e regionais.
Nelson Traquina, em seu
livro O estudo do jornalismo no século XX
diz: “O impacto tecnológico marcou o jornalismo do século XIX como iria marcar
toda a história do jornalismo ao longo do século XX até o presente, apertando
cada vez mais a pressão das horas de fechamento, permitindo a realização de um
valor central da cultura jornalística – o imediatismo”.
O trecho resume bem a
transformação do jornalismo em instituição financeira. Cada segundo as pessoas
são bombardeadas de matérias. Os repórteres tem que atender aos interesses dos
veículos em que trabalham. A única forma de haver jornalismo livre é sendo
independente de qualquer vínculo político e/ou empregatício com uma empresa de
comunicação, como alguns jornalistas que fazem suas reportagens investigativas sozinhos
e publicam em seus blogs ou em sites que recebem doações para se manterem.
