O Sociólogo Marcelo Ridenti discutiu com estudantes, professores e jornalistas a ideia de Revolução nos anos 60
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura foi palco de uma grande “Revolução” na última quarta-feira, 14. O
Seminário “Nós que amávamos a Revolução”, conduzido por Marcelo Ridenti (Doutor
em Sociologia), contou com a participação de estudantes universitários,
professores, jornalistas e interessados (muitos deles jovens) em entender a relação existente entre
cultura e política na revolução dos anos 1960.
O Centro Dragão do Mar de Arte e
Cultura foi palco de uma grande “Revolução” na última quarta-feira, 14. O
Seminário “Nós que amávamos a Revolução”, conduzido por Marcelo Ridenti (Doutor
em Sociologia), contou com a participação de estudantes universitários,
professores, jornalistas e interessados (muitos deles jovens) em entender a relação existente entre
cultura e política na revolução dos anos 1960.
Para iniciar a discussão Marcelo
Ridenti destacou dois pontos: “A ideia de revolução está meio esquecida” e “o
termo revolução pode ter mais de um sentido”. A partir desses pontos o Doutor
em Sociologia foi expondo o contexto em que a revolução de 1960 se deu. Ele
destacou que o sentido de Revolução utilizado por ele, é o sentido de revolução
que leva a “transformação das estruturas de fundo da sociedade”.
Marcelo Ridenti comentou que “a
ligação entre cultura e política foi proporcionada pelo partido comunista nos anos 30 a 60”. O partido, influenciado pelas ideologias emergentes na Europa contemporânea,
utilizou a cultura, em especial as manifestações artísticas musicais, para
propagar suas ideias. A música foi a forma encontrada para expressar o
sentimento de descontentamento com a realidade da época.
Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré (1968)
Diante de tudo que foi discutido
no seminário eis que surge uma conclusão: em todo o mundo houve grandes
revoluções que até hoje são estudas nas escolas e nas universidades devido à
repercussão das transformações que elas proporcionaram para humanidade. A
revolução não é ruim, ela é boa se sua finalidade tem de fato um sentido
favorável para todo um grupo e não para somente alguns dos membros. A cultura
pode ser, sim, um instrumento de revolução se utilizada de forma coerente.
Texto: Jonas Viana
Foto: Lucas Reis
Foto: Lucas Reis