Em meio a uma geração ligada à tecnologia Diego Panassol
faz seu nome crescer através do trabalho manual com o couro, transformando o
comércio de bolsas e calçados em uma verdadeira experiência de compra.
Estudante de marketing da Universidade de Fortaleza, o jovem de 23 anos trabalhava
com camisas de serigrafia e sua entrada no ramo foi através do
convite de uma amiga que queria unir talentos para uma pequena parceria.
Fascinado por texturas e cores, a relação de Diego com os
calçados foi tão forte que hoje, três anos depois, já fabricou mais de 100
pares. O número não é grande se comparado à produção das fábricas modernas,
mas aí é que está o grande diferencial, ele faz tudo sozinho e com as próprias
mãos.
O jovem que aprendeu e adquiriu seus talentos através de
vídeos do Youtube e pacientes tentativas tem desejo de expandir os negócios,
porém a maior dificuldade é encontrar mão de obra especializada. O que não o
abala muito, pois assim pode aproveitar ao máximo seu processo de criação.
Como em uma dança, os passos da criação de uma nova peça vão
surgindo de acordo com a música. Fã de Bossa Nova e nomes como Elis
Regina e Céu, o designer gosta de criar laços com seus clientes e captar ao máximo a
essência de cada um, característica que reflete bastante em seu trabalho.
Preocupado com a perda de identidade da nova geração, ele
ultrapassa rótulos e barreiras para criar peças únicas e nunca deixar que uma
pessoa saia de seu ateliê com a mesma peça de outra. Com preferência em tons
escuros, enxerga os calçados como formas geométricas e através dos traços,
linhas e volumes cria algo novo.
Hoje divide a vida de artesão com o trabalho na galeria de
arte da Unifor, que também é uma de suas paixões. A arte dá um ar contemporâneo
em suas peças feitas de materiais regionais.
Onde Encontrar?

