segunda-feira, 4 de agosto de 2014



Em meio a uma geração ligada à tecnologia Diego Panassol faz seu nome crescer através do trabalho manual com o couro, transformando o comércio de bolsas e calçados em uma verdadeira experiência de compra. Estudante de marketing da Universidade de Fortaleza, o jovem de 23 anos trabalhava com camisas de serigrafia e sua entrada no ramo foi através do convite de uma amiga que queria unir talentos para uma pequena parceria.
 
Fascinado por texturas e cores, a relação de Diego com os calçados foi tão forte que hoje, três anos depois, já fabricou mais de 100 pares. O número não é grande se comparado à produção das fábricas modernas, mas aí é que está o grande diferencial, ele faz tudo sozinho e com as próprias mãos.


O jovem que aprendeu e adquiriu seus talentos através de vídeos do Youtube e pacientes tentativas tem desejo de expandir os negócios, porém a maior dificuldade é encontrar mão de obra especializada. O que não o abala muito, pois assim pode aproveitar ao máximo seu processo de criação.

Como em uma dança, os passos da criação de uma nova peça vão surgindo de acordo com a música. Fã de Bossa Nova e nomes como Elis Regina e Céu, o designer gosta de criar laços com seus clientes e captar ao máximo a essência de cada um, característica que reflete bastante em seu trabalho.


Preocupado com a perda de identidade da nova geração, ele ultrapassa rótulos e barreiras para criar peças únicas e nunca deixar que uma pessoa saia de seu ateliê com a mesma peça de outra. Com preferência em tons escuros, enxerga os calçados como formas geométricas e através dos traços, linhas e volumes cria algo novo.

Hoje divide a vida de artesão com o trabalho na galeria de arte da Unifor, que também é uma de suas paixões. A arte dá um ar contemporâneo em suas peças feitas de materiais regionais.

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