segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Revolução na atualidade. Será possível?

Postado por Gustavo Linhares 19.11.12
Na palestra da última quarta-feira (14), ministrada pelo Doutor em Sociologia Marcelo Ridenti, muito se falou em revolução, principalmente entre os anos 40 e 70, porém, quando se abriu o debate, ligou-se à situação política atual do país e um questionamento foi criado: “Hoje, é possível uma nova revolução?”. E a resposta foi: “A história está viva”.



Falando exclusivamente do governo petista (Lula/Dilma) dos últimos 10 anos, ficou visível a melhoria da vida dos mais necessitados, porém, para muitos, é um ‘governo de migalhas’. Visivelmente carente, o povo se rende a programas como o ‘Bolsa Família’, que distribui R$ 32 por filho às famílias miseráveis. Mas, e aí, se o povo achar isso pouco e cobrar escolas de qualidade para alfabetizarem seus filhos e esses míseros 32 reais passar a ser uma ‘migalha’ para o povo?

Aí entra na discussão o tema das cotas nas universidades federais... Para uns, esse lei é uma forma de mascarar um dos problemas mais graves do Brasil, que é o péssimo ensino público nos níveis fundamental e médio. Outros afirmam que, como a melhoria da educação básica pública é um investimento em longo prazo, as cotas serviam para ‘democratizar’ conhecimento, fazendo que os alunos que antes não conseguiam concorrer em igualdade devido às condições de ensino, possam entrar na faculdade e lá se igualarem aos outros 50% vindos das escolas particulares. Além disso, famílias de classe média podem passar a privilegiar as escolas públicas, produzindo uma demanda na melhoria do ensino.

Mas, como o próprio palestrante citou, “a história está viva”, e, com isso, sujeita a mudanças, que podem vir por meio de novas revoluções. Se perguntarem a mim, partindo dessa realidade do povo se rebelar no Brasil, eu acredito que não, pois eles ainda são muito despolitizados, mas pode acontecer. E as cotas podem ajudar nisso. Estaria o governo dando um tiro no próprio pé? 

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