segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Arte, uma forma de revolução

Postado por Unknown 19.11.12


Revolução. Logo vem à mente tanques, pessoas nas ruas e cartazes levantados. O que falar sobre revolução, em uma época no qual, em sua maioria, a geração é pacífica e conformada? Talvez o pessoal da década de 60 possa explicar melhor como era viver nesse clima de rebelião, de luta contra o sistema, de luta por aquilo que se acredita.

Talvez o termo revolução, e o seu próprio significado na década de 60, pôde ser melhor entendido após o seminário "Ideia de revolução: os anos 60", ministrado pelo professor da Unicamp Dr. Marcelo Ridenti no Auditório do Dragão do Mar - lembrando que o seminário faz parte da programação do ciclo temático de novembro do Dragão do Mar, intitulado "Nós que amávamos tanto a revolução".

Entender o clima de tensão daquela época pode ser difícil para a galera de hoje, que não sofreu com a ditadura, e que vive na tão dita e almejada democracia. Mas pensar sobre aquela época talvez faça refletir sobre os métodos de protesto utilizados. Não com pessoas nas ruas. Não em embates entre polícia e civis. Mas aqueles que não podem ser facilmente percebidos.

Uma das melhores formas de protestar, talvez, são aquelas no qual a crítica não é facilmente captada. Onde as palavras de protesto estão escondidas nas menores nuances. Que o diga Chico Buarque, Caetano Veloso e o movimento do Tropicalismo. Um exemplo dessa forma de protesto pode ser percebida na música "Cálice", de Chico Buarque, onde o título da música pode ser facilmente entendida como "Cale-se".

Mas não era só a música que tinha seus ares de protesto e de rebelde naquela época. A literatura, a poesia, o teatro foram, e são, formas vivas de protesto.

Hoje, podemos não lutar de forma tão veemente quanto nossos pais, mas ainda podemos fazer revolução através da arte. Através do rap, do grafite, da dança e, por que não, da boa e velha música.

Comentários